A data precisa do tarô ainda é um mistério, pois alguns acreditam ter vindo da China no século II, onde encontra-se o primeiro jogo de cartas criado. Mas registros históricos datam as cartas de tarô surgindo entre os séculos XV e XVI na Europa norte da Itália trazidas pelo mamelucos da Pérsia. As cartas foram criadas para um jogo entre os nobres e pelos senhores das casas mais tradicionais da Europa continental.
Não há evidencias que atestem o início do seu uso para o contesto divinatório, onde cartomantes, ciganos, magos, mestres e àqueles voltados as artes ocultas o utilizariam para consultar o futuro de seus consulentes e fazer questionamentos. Mas desde o último século a sua procura vem aumentando em busca de respostas e orientações. O registro mais difundido vem do ocultista francês chamado Alliette, sob o pseudônimo de “Etteilla” (seu nome ao contrário), que atuou como vidente e cartomante logo depois da Revolução Francesa e desenhou as primeiras cartas com menções a astrologia e EgitoDivinatório ou manifestação do inconsciente?
O tarô passou a ser estudado e expressado em diversas áreas, sendo um instrumento de análise e uso até pela Psicologia. Carl Jung, psicólogo e idealizador da psicologia moderna (século XX), menciona tais cartas do tarô como: “Arquétipo (imagens arcaicas), imagens da memória coletiva ancestral que estão dentro de nossos inconscientes e que podem ser ativadas por determinado Símbolo, que revigora e traz à tona toda a carga emocional que a imagem possui em si e que nos toca profundamente”As cartas do Tarot são, neste caso, vistas então como figurações sobre os anseios da alma humana, uma espécie de história em quadrinhos sobre os nossos dramas.